Quando o assunto é dinheiro, praticamente todo mundo tem o mesmo objetivo: fazer com que ele renda o máximo possível. Uma das formas de fazer isso é aplicar seus recursos no mercado financeiro. Hoje, esse tipo de atitude não é algo tão complexo assim, mas é preciso ter atenção com o caminho que você vai escolher e saber o que considerar antes de investir.Muitas pessoas, geralmente por desconhecimento, colocam dinheiro em ativos que nem sempre estão de acordo com a tolerância aos riscos e às necessidades delas, podendo até causar prejuízos. Para prevenir surpresas negativas e atuar de modo proativo para favorecer a rentabilidade, o ideal é seguir um roteiro que fará o caminho ser muito mais tranquilo e assertivo.
Para começar, a pessoa interessada precisa saber que tipo de investidora ela é. Geralmente, os investidores estão divididos em três perfis: conservador, moderado e arrojado, sendo que cada um deles representa um diferente grau de tolerância para o risco. O conservador não gosta de ter perdas nos ativos, por isso, prefere as aplicações de renda fixa. Já o moderado até aceita algum tipo de perda, mas somente em troca da possibilidade de aumentar a rentabilidade. Sendo assim, ele tende a se expor um pouco no mercado de ações. O arrojado, por sua vez, valoriza muito seus rendimentos e está disposto a arriscar mais para multiplicar o capital, por exemplo, com a aplicação em derivativos. Enquanto analisa o seu perfil, o investidor também precisa definir qual é o objetivo do seu investimento. Se ele quer fazer dinheiro para comprar um bem, não pode manter o dinheiro aplicado por muito tempo e precisa de ganhos mais altos. Caso for um investimento para garantir um futuro mais tranquilo, o prazo de aplicação não é problema. Se os rendimentos serão usados para emergências, precisam estar em um investimento com alta liquidez, mas que tenha poucas perdas. O seu perfil aliado à sua meta vai apontar o caminho para iniciar os planos de investimento e ajudar a escolher as melhores aplicações. Porém, o roteiro a seguir não para por aqui. O próximo passo é analisar os riscos.
Independentemente do perfil dos investidores, é difícil chegar a uma medida de risco que valha para todos eles, já que cada um enfrenta os riscos de uma forma distinta. Desse modo, não são raros os casos de pessoas que se dizem conservadoras, mas que, na prática, adotam estratégias de investimento agressivas, ou que acreditam ser arrojadas, mas preferem não arriscar com o próprio dinheiro. De maneira geral, se você é daqueles investidores que perde o sono com a oscilação dos preços e tem uma preocupação excessiva com seus recursos, é porque não gosta mesmo de correr riscos e deve optar por aplicações que tenham estabilidade e são mais garantidas, como as de renda fixa. Por outro lado, se está preparado para enfrentar as alterações do mercado e quer fazer o seu dinheiro crescer de qualquer jeito, os riscos são aceitáveis. Para você, o investimento na renda variável é um desafio interessante. Mas como tudo na vida, os riscos não podem ser olhados como um “8 ou 80” quando falamos em o que considerar antes de investir. Porque, afinal, você não precisa fazer apenas um tipo de investimento, não é mesmo? É possível colocar uma determinada quantia em um fundo, por exemplo, e usar a outra parte para comprar ações. Ou aplicar em derivativos e também em títulos do tesouro direto. Diversificando as aplicações, você consegue amenizar os riscos de forma geral e ainda garantir uma boa rentabilidade, pois não fica refém de apenas um ativo. Isso vale também para os prazos. É interessante ter vencimentos em datas diferentes para que, em casos emergenciais, os resgates não acabem onerando demais a operação e prejudicando a rentabilidade. Lembre-se que há aplicações, como em ações, que são de alta volatilidade e, por isso, indicados para quem investe no longo prazo.
Para fechar o nosso roteiro de análises e verificações, é a hora de saber quanto vai custar fazer um investimento. Um dos principais gastos é com o Imposto de Renda, cujas alíquotas incidem sobre a rentabilidade do que você investiu. Cada categoria de ativo pode sofrer a tributação de um modo diferente. Para a renda fixa, por exemplo, a tabela de alíquotas do IR é regressiva, começando em 22,5% sobre o ganho e indo até 15%. O desconto é feito na fonte. No mercado acionário, após certo limite de isenção, o pagamento do imposto deve ser feito separadamente pelo próprio investidor, por meio de Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF). E há as taxas de operação ou de administração. Para operar no mercado financeiro, seja na renda fixa, seja na renda variável, é preciso contar com corretoras ou gestoras de investimentos. Funciona como a anuidade do cartão de crédito ou o pacote que você paga ao banco para ter uma conta e varia conforme o tipo e o valor da aplicação. Como podemos ver, existe uma série de questões que deve ser levada em consideração antes de se fazer um investimento. Ao parar um tempo para avaliar esses aspectos, o investidor aumenta as chances de aplicar o dinheiro com eficiência, favorecendo, assim, uma rentabilidade satisfatória.