Rentabilidade e lucratividade são dois conceitos essenciais para ter o controle preciso da saúde financeira de uma empresa. Ainda que pareçam sinônimos, eles fazem referência a situações distintas, que precisam ser diferenciadas para que as melhores decisões sejam tomadas e não se cometa nenhum erro na hora de corrigir rumos.Pode até parecer que esses dois nomes são apenas mais alguns da lista interminável de conceitos que fazem parte do dia a dia da gestão de uma empresa. Só que não é o caso da rentabilidade e lucratividade. Se você tomar as suas decisões observando apenas o lucro, é possível que em breve algum problema financeiro possa aparecer. Afinal, nem sempre ter lucratividade significa que o negócio está sendo rentável. Ficou complicado? Fique tranquilo que nós já vamos esclarecer!
Tudo fica mais fácil de compreender quando ilustramos com exemplos, não é mesmo? Então, vamos lá! Imaginemos que uma empresa comprou uma nova máquina para aumentar o volume de produção ao mesmo tempo em que se reduz a quantidade de refugos e desperdícios. Como a produção está maior e o faturamento cresceu, a impressão inicial é de que o negócio foi certeiro.Realmente, contra fatos não há argumentos. E o fato é que a nova máquina proporcionou uma produtividade maior. Isso, consequentemente, garantiu mais vendas. No entanto, mesmo o crescente aumento nesses dois indicadores não significa que a fábrica passou a ter uma rentabilidade positiva diante do valor investido na compra do novo equipamento.Ainda ficou difícil de entender? Então vamos apresentar outro exemplo, dessa vez, em um contexto particular. Digamos que você tenha investido um determinado valor na caderneta de poupança. Em um ano, essa aplicação rendeu 6%. Entretanto, a inflação acumulada foi de 7%. Neste caso, houve lucro? Sem dúvida que sim, afinal, sobre o valor investido se somou um ganho de 6%. Mas foi rentável? Pelo que vimos, não, porque a inflação acabou engolindo a rentabilidade, o que resultou, na verdade, em perda de 1 ponto percentual.Foi mais ou menos o que aconteceu com a empresa do nosso exemplo: ela estava lucrando mais porque a máquina produzia mais. Mas se considerarmos o valor a ser pago pelo equipamento, o investimento pode se provar ruim.
Ao se calcular a rentabilidade, a intenção é verificar o percentual de retorno sobre o investimento realizado. E essa conta é feita da seguinte maneira: suponhamos que a fábrica do nosso exemplo aí de cima fabrique brinquedos e o valor cobrado ao cliente é de R$ 150 por unidade. Desse valor, R$ 30 corresponde ao pagamento de taxas e tributos e R$ 40 é relativo ao custo de produção, restando em um lucro de R$ 80.Com o novo equipamento adquirido por R$ 3 mil, as vendas em um determinado mês chegaram a 100 unidades. Logo, multiplicando o lucro de R$ 80 por 100 (quantidade vendida), alcança-se um ganho de R$ 8 mil. Tendo como base esses números, vamos aplicá-los à fórmula: Rentabilidade = (lucro líquido / investimento) x 100Sendo assim, no nosso exemplo, a rentabilidade seria de (R$ 8 mil / R$ 3 mil) x 100 = 266%. Se analisarmos bem o resultado, podemos entender que a cada R$ 1 investido no novo equipamento, a empresa teve um retorno positivo de R$ 2,66. Não é preciso ir muito longe para perceber que se trata de um cenário bem próspero e animador. Se o resultado fosse negativo (conforme cogitamos no início do artigo), seria fundamental estruturar ações para reverter o quadro e recuperar o prejuízo. Claro que aqui estamos explicando de uma maneira muito simplificada só para você entender a importância do conceito de rentabilidade e o porquê e como calculá-lo. Na prática, é preciso considerar todos os custos de produção para chegar a um resultado mais exato. Outro aspecto a se considerar é que a rentabilidade é um conceito amplo. Ou seja, ela não se aplica apenas a produtos específicos, mas também ao negócio como um todo (ações de marketing, por exemplo).
A lucratividade está relacionada com o lucro líquido, com a receita total, com o verdadeiro ganho de uma empresa. Para calculá-la, vamos utilizar os mesmos números da situação que criamos na conta da rentabilidade. A fórmula é a seguinte: Lucro líquido x 100 / Receita total No nosso exemplo, o lucro líquido se refere aos R$ 8 mil resultante da venda de 100 brinquedos a R$ 80 no período analisado. Sabendo que o valor final dele é de R$ 150, precisamos multiplicar pela quantidade vendida para termos a receita total. Assim, a conta fica da seguinte maneira:R$ 8 mil x 100 / R$ 15 mil = 53,33Quer dizer, a lucratividade da empresa ultrapassou os 53%, uma margem excelente! Mas atenção: esta conta considera apenas um produto. Na vida real, é preciso fazer essa conta para cada item que você comercializa. Só assim é possível conhecer o panorama geral do seu negócio.
Lá no início do texto nós apresentamos um panorama em que um investimento de uma empresa trouxe lucro, mas não rentabilidade. Nas contas, entretanto, os dois resultados foram positivos. Porém, tudo o que fizemos aqui foi apresentar alguns exemplos. No seu dia a dia o importante é ter a certeza de que suas operações estão tendo lucro e sendo rentáveis.Naturalmente, se não há lucro, não existe uma maneira de algo ser rentável. Só que o contrário é possível e, se esses dois elementos não estiverem equilibrados, sua empresa pode ser negativamente impactada. Caso isso aconteça, é importante tomar uma iniciativa rápida para reverter o quadro com rapidez.Nesse cenário, uma alternativa é a antecipação de recebíveis. Com essa solução, você tem acesso imediato a um dinheiro que só entraria no seu caixa a prazo, equilibrando as contas e permitindo um fôlego para recuperar qualquer descompasso percebido após o cálculo da rentabilidade e lucratividade.Caso tenha restado alguma dúvida sobre o tema, entre em contato conosco ou deixe o seu comentário no espaço abaixo.