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Securitização: um bom negócio para todos

Empresas se expandem, ampliam suas instalações, modernizam maquinário, investem em capacitação de funcionários e precisam de dinheiro para equilibrar o fluxo de caixa, seja pela perda de um cliente importante, seja por uma crise externa. A questão é que para cada um desses itens é necessário ter recursos e é aí que mora o problema, pois nem sempre a verba está disponível.

Empresas se expandem, ampliam suas instalações, modernizam maquinário, investem em capacitação de funcionários e precisam de dinheiro para equilibrar o fluxo de caixa, seja pela perda de um cliente importante, seja por uma crise externa. A questão é que para cada um desses itens é necessário ter recursos e é aí que mora o problema, pois nem sempre a verba está disponível. Com isso, surge a necessidade de recorrer a fontes externas, como empréstimos, financiamentos ou uma securitizadora, que vem sendo cada vez mais reconhecida como uma das alternativas que oferecem soluções e garantem liquidez aos diferentes tipos de negócio.

Embora pareça complicado, o funcionamento da securitização é mais simples do que se pensa. Há diferentes formas de conduzir essa operação, mas, em resumo, uma instituição financeira transforma créditos (duplicatas, empréstimos, financiamentos, parcelamentos) em lastro para títulos ou valores mobiliários. Esses, por sua vez, poderão ser negociados e adquiridos por investidores, que passam a ser os donos desses créditos e, portanto, receberão os valores que forem sendo quitados ao longo do tempo. Esse pagamento é feito com algum adicional, que representa a rentabilidade do negócio.Para deixar mais claro, vamos utilizar um exemplo. Digamos que uma empresa precise modernizar os equipamentos para se equiparar aos concorrentes e conseguir manter a competitividade. No entanto, não há no caixa nem metade do valor necessário. A outra parte até existe, mas só entrará mais para frente, quando os clientes pagarem as prestações das vendas realizadas. A securitização é justamente a maneira pela qual esse dinheiro, que só “se materializaria” no futuro, seja disponibilizado antecipadamente, fazendo com que os gestores tenham poder de investimento de maneira mais imediata.A empresa entra em contato com alguma instituição financeira, vende parte dos créditos e recebe o valor correspondente. Assim, obterá a liquidez desejada e, consequentemente, terá os recursos disponíveis para fazer os investimentos necessários na operação.

Possibilidades de aplicação na securitização

Já a instituição que adquiriu os créditos transformará esses ativos em títulos e escolherá a melhor forma de negociá-los e oferecê-los aos investidores, que farão a compra e, a longo prazo, terão uma rentabilidade em cima desses valores. Existem algumas formas de fazer isso, com destaque para duas delas: os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e as debêntures. Cada uma possui suas particularidades e vantagens quanto ao percentual de rentabilidade proporcionado.

Com o FDIC, a instituição reúne e aplica esses títulos em um fundo, atraindo os possíveis investidores, que ao adquirirem esses ativos estarão submetidos a algumas regras. Aqui, uma das vantagens é a rentabilidade, que pode superar o CDI (Certificado de Depósitos Bancários) e é maior que o retorno de outros produtos financeiros. Ainda há a segurança do lastreamento do título, que mencionamos anteriormente.

Outra alternativa adotada por algumas instituições consiste em adquirir esses créditos e transformá-los em títulos de debêntures negociáveis na Bolsa de Valores. Na prática, esses ativos não saem das empresas na forma de uma debênture, mas são oferecidos desse modo aos investidores, que enxergam mais vantagens nesse modelo.

Essa é uma aplicação mais indicada para investidores de renda fixa, interessados em uma maior diversificação de seus investimentos e rentabilidade superior a muitos investimentos em renda fixa. Em relação às ações, as debêntures possuem menor risco quanto à volatilidade do mercado e das taxas de juros. A remuneração é prefixada, conforme prospecto do investimento.

Vantagens da securitização para empresas e investidores

Entre as vantagens de recorrer à securitização, uma das principais é justamente a possibilidade de conseguir recursos sem precisar recorrer a um empréstimo, mas a uma quantia que já pertence à empresa. O que essa operação faz é apenas antecipar esses valores que entrariam no futuro.

Dessa forma, o gestor não compromete seu caixa com mais um passivo e ainda ganha fôlego para fazer investimentos e aumentar a atividade, gerando novos ativos para o negócio. Além disso, também é possível fazer um melhor controle do balanço, deixando-o mais equilibrado.

Todo o processo é feito por uma instituição financeira especializada em securitização, que conduzirá tudo com segurança. O fato de os recursos serem negociados no mercado não afeta os clientes. A única mudança é que eles pagarão a dívida a um credor diferente, sem qualquer prejuízo.

Para quem resolver investir nesses títulos, independentemente do formato, terá o benefício de realizar a aplicação em um recurso lastreado, com baixos riscos de perda de capital.

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