Todo empreendedor sabe que por mais que a empresa tenha cuidado, a inadimplência acontece. Em se tratando das pessoas jurídicas, por exemplo, o número de inadimplentes tem crescido continuamente. Só para você ter uma ideia, houve uma alta de 6,75% em fevereiro de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado. E este índice continuou aumentando nos meses seguintes, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), fazendo crescer também a demanda por cobrança.Assim, ao constatar o crescimento da inadimplência na empresa, muitos começam a pensar em soluções para o problema. Porém, a grande dificuldade nesse processo é equilibrar as contas da empresa, principalmente em relação à folha de pagamento, com a volatilidade da demanda por cobrança, já que a necessidade deste serviço não se mantém estável durante todo o ano.Isso porque há períodos em que há grande inadimplência e, consequentemente, necessidade de mais colaboradores focados nesse trabalho. Porém, outros períodos são mais tranquilos, com uma demanda por cobrança menor, o que acaba fazendo com que os funcionários fiquem ociosos.O resultado de toda essa volatilidade é que a folha de pagamento acaba sofrendo impactos e pode até mesmo causar prejuízos. Pensando nessa dificuldade comum a muitas empresas, vamos abordar algumas medidas que podem ser tomadas para resolver este dilema.
Ao perceber o aumento da inadimplência, é comum buscar, o quanto antes, alternativas para resolver o problema. Assim, não é raro que uma das primeiras medidas seja tentar montar uma equipe de cobrança com funcionários que já fazem parte do quadro da empresa, como colaboradores dos setores comercial e financeiro, por exemplo. Porém, esta medida não é a solução mais adequada para o problema e, além disso, pode trazer impactos negativos à sua empresa. Primeiro porque esses colaboradores podem não ter a especialização necessária para atuar no serviço de cobrança, o que pode causar estresse para eles e transtornos na relação com o cliente.Em segundo lugar, não é indicado que pessoas do comercial, por exemplo, sejam responsáveis pela cobrança. Isso pode abalar o diálogo entre vendedor e comprador e fazer com que o cliente, agora inadimplente, não queira mais fazer negócios quando regularizar a sua situação, além de criar um clima de tensão dentro da empresa.Por último, essa medida também é considerada ruim porque pode acabar sobrecarregando os funcionários, que precisarão exercer mais de uma atividade. Ao aumentar as atribuições de um funcionário, o correto é que ele receba por isso e, assim, a folha de pagamento também acabaria sofrendo impacto. Ainda assim, destinar alguém a um trabalho com o qual não se tem familiaridade pode prejudicar a motivação e a produtividade.
Pensando nos problemas de realocar funcionários do quadro da empresa, muitas vezes o empreendedor pensa em resolver o problema contratando novos funcionários para atuar exclusivamente na cobrança. Uma das opções são os temporários ou, conforme permitiu a mais recente reforma trabalhista, em regime intermitente, quando os profissionais são chamados para trabalhar apenas quando necessário e são pagos por esse período específico.O problema é que tanto no caso de uma equipe temporária como na contratação de funcionários em período intermitente a rotatividade costuma ser alta. Assim, é comum que o contratado não assimile o ritmo e a cultura da empresa durante o trabalho, o que pode prejudicar a qualidade do serviço.Além disso, no caso dos funcionários que atuam em período intermitente, outro grande problema é a volatilidade que também impacta na folha de pagamento. Como há variação na demanda por cobrança, não é possível saber quando será necessário contratar esses profissionais e, consequentemente, será difícil mensurar o impacto dessas contratações na folha de pagamento ― isso se eles ainda estiverem disponíveis para o trabalho no período solicitado.
Já que contratar funcionários temporários ou em período intermitente é desaconselhável por causa da variação nas despesas com folha de pagamento, outra opção seria a contratação de uma equipe efetiva. O problema, neste caso, é que esta medida também traz problemas.A estruturação de uma equipe enxuta pode resultar em funcionários sobrecarregados em períodos com grande demanda. Mas também nem adiantaria montar uma estrutura grande, porque quando a demanda diminuir, esses profissionais vão ficar ociosos. Já os gastos com folha de pagamento não diminuiriam. Demitir e contratar conforme a demanda dos diferentes períodos do ano também não seria recomendável, já que os custos de admissão e demissão são pesados para se arcar com certa frequência e para um número maior de funcionários.
Considerando essas variáveis, a sua empresa precisa ponderar qual é a melhor alternativa diante de todo esse contexto. E seja qual for a solução escolhida, recursos financeiros serão necessários para estruturar o planejamento para uma cobrança eficaz.Nesse sentido, você pode contar com a antecipação de recebíveis da Valorem, uma alternativa de crédito inteligente e prática para auxiliar a gestão financeira do seu negócio. Entre em contato conosco e conheça essa solução!